3 de jun. de 2015

As coisas iam muito mal para a enfermeira Julia Britto, de 37 anos. Ela perdeu o emprego no hospital onde estava há 10 anos, seu marido a trocou pela cunhada e uma infiltração no vizinho de cima deixou seu apartamento em obras por dois meses. No seu aniversário, quando, além do auge do estresse, ela ainda enfrentava um inferno astral, sua amiga de profissão, Daise, deu a ela um livro para colorir. “É ótimo para combater o estresse, amiga! É pura terapia!”. Julia curtiu. Comprou lápis de cor. Mas descobriu que os mais baratos são muito vagabundos, não pintam direito e a ponta quebra toda hora. Comprou uma caixa mais cara – e já ficou um pouco estressada pelo gasto. Mas estressada mesmo ela ficou depois, quando percebeu que não conseguia pintar direito as páginas. Os desenhos eram muito pequenos, difíceis, cheios de curvinhas. Julia borrava tudo. E começou a se sentir mais inútil do que já se sentia, desempregada e abandonada. No início da semana, ela queimou o livro e atacou três livrarias próximas de sua casa. Detida, está internada numa clínica de repouso. A Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou alguns casos pelo mundo. Países como o Japão já retiraram os livros de circulação. Origami é bem mais fácil.
FONTE:UOL

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